Meu brinquedo erótico ficou preso! E agora?

Apesar de não ser recorrente, você já pode ter passado por isso ou ouvido falar em uma situação como essa: alguém estava se divertindo com sex toys quando, de repente, foi consumida pelo pavor ao perceber que o objeto estava “preso” dentro de si. 

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Apesar de parecer “preso”, fique tranquila: é pouco provável que isso realmente aconteça. A sexóloga Jess O’Reilly explica que existe uma barreira natural entre a extremidade do canal vaginal e o resto do corpo: o colo do útero. “Embora seja possível que um brinquedo erótico fique preso no canal vaginal, ele está em um espaço definido, então não está subindo por seu corpo”, assegura.

Se o brinquedo estiver dentro do ânus, no entanto, uma visita ao pronto-socorro será necessária. A educadora sexual Lisa Finn explica que o órgão não possui uma placa de “pare”. “O canal retal é a entrada para uma rodovia: seu sistema digestivo inteiro”, pontua. Isso significa que é possível que algo que fique preso dentro do orifício se movimente para dentro do organismo, em situações extremas. Saiba mais com informações do “Healthline”. 

Se você consegue sentir, enxergar ou tocar no brinquedo…

… em sua vagina

A especialista em dor pélvica Sonia Bahlani garante que se você consegue sentir o objeto, você consegue pegá-lo. “Para ajudar a aproximar o brinquedo de seus dedos, respire fundo, expire e alcance-o com dois dedos”, aconselha.

… em seu ânus

Lisa orienta que, se seu esfíncter anal estiver relaxado o suficiente para que você possa alcançar e segurar bem o brinquedo, faça isso. Mas este não é o momento de tentar usar os dedos para “pescá-lo”: “Se você não conseguir alcançá-lo, acabará empurrando o brinquedo mais fundo”.

Se você não consegue sentir, enxergar ou tocar no brinquedo, mas ele está dentro de…

… sua vagina

Existem duas opções possíveis:

Deitando-se: Sonia recomenda deitar na cama e juntar os calcanhares, pois isso pode ajudar a relaxar os músculos do assoalho pélvico. Em seguida, respire fundo e expire profundamente.

“Isso vai ajudar a ativar o sistema nervoso parassimpático, promover o relaxamento e diminuir aquela pressão abdominal baixa, o que permite que os músculos relaxem ainda mais”, explica ela. Nesse momento, você deve conseguir introduzir seus dedos na vagina e sentir o brinquedo.

Lembre-se, a palavra-chave aqui é “dedos”; não pegadores de macarrão, pinças, colheres ou qualquer outro item doméstico.

Agachando-se: Cubra as paredes vaginais com lubrificante e use os dedos para abrir suavemente o canal vaginal. Em seguida, faça agachamentos para deixar a gravidade agir.

… seu ânus

A recomendação das especialistas é que se dirija à emergência o mais rápido possível. “Você não deve correr nenhum risco com o canal retal – é recomendado tirar o brinquedo rápido e com segurança”, diz Lisa.

Pexels

Se você removeu o objeto com sucesso

Apesar de não ter mais um corpo estranho dentro de você, o trabalho não acaba por aí. Lisa explica que, se o objeto ficou preso dentro de seu ânus, ele provavelmente não foi desenvolvido para ser introduzido lá em primeiro lugar — portanto, atenção! 

Então, mesmo que você tenha conseguido expelir o brinquedo por conta própria, ela recomenda que você se dirija ao pronto-socorro, pois o tecido que reveste o canal retal é delicado e propenso a “microrasgos”. Um médico poderá verificar se há cortes e, se necessário, prescrever um antibiótico para reduzir o risco de infecção futura.

Se você não conseguiu remover o objeto

Dirija-se a um médico imediatamente. Se o brinquedo estiver na vagina ou no ânus, seu médico inserirá um espéculo na abertura do orifício e o recuperará usando uma pinça de anel.

No entanto, se o brinquedo percorreu o trato digestivo, é provável que você precise de cirurgia. “Não tenha vergonha”, diz Jess. “Eles já viram isso antes!”.

Como prevenir que isso aconteça

• Não economize no lubrificante;

• Utilize os brinquedos somente para o que eles são designados e não introduza outros objetos, como alimentos;

• Consulte-se regularmente com um especialista em assoalho pélvico.

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